segunda-feira, 28 de março de 2011

Dar valor, quando já se perdeu ...

"Se eu soubesse que era a última vez, não teria dito nada do que disse, não teria feito nada além de abraçar-te e aproveitar cada segundo sem tirar os olhos de ti... se tivessem me avisado que era a última vez, eu poderia implorar pra que você ficasse mais um pouco, só pra te explicar que mais um pouco seria muito pouco, e que por menos que fosse, já seria muito pra mim... se eu soubesse, ah, se eu soubesse! te falaria mil coisas, sem dizer uma palavra, te mostraria mil dias de agonia em um olhar... e quando você estivesse saindo, eu te chamaria de volta, só pra dizer mais uma vez o "EU TE AMO" que ninguém mais vai ouvir, e te dar um último abraço, com o amor que ninguém mais vai te entregar."

Eu adoro esse texto.
Sei que ele é clássico em blogs, sites rosinhas e rodapés de páginas, mas as circunstâncias em que o li pela primeira vez fizeram a diferença.
Vi que esse era o texto de perfil de uma amiga minha, cuja avó tinha acabado de morrer. Achei o texto tão sincero e tocante, traduzindo exatamente a dor de perder uma pessoa querida.
Mas, infelizmente, não é só a morte quem leva embora quem amamos... Nossos erros, acasos, intrigas. O que é extremamente real hoje, amanhã pode já não o ser.

domingo, 17 de outubro de 2010

Entre a dor e o nada, eu escolhi o nada

Conhece a frase de algum lugar?

Sim, é Crepúsculo

Mas com licença?
Me furto o direito de usar frases prontas sim.

Porque entre a dor e o nada, acho que eu prefiro o nada.

Covardia?
Quem sabe

Eu chamo de auto-preservação, de tentar me proteger debaixo do meu escudo, que insiste em não ser o suficiente

Só se importar quando realmente for necessário, só gritar quando for insuportável, deixar de ignorar só quando começar a sangrar.

Porque no final das contas, não importa quanta dor e quanta alegria você sentiu
Não vai lhe sobrar nada.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Fim da Estrada

... Meu fim
Justifica os meus meios
Tudo o que eu faço é atrasar
Toda tentantiva minha de fugir.
O fim da estrada e o meu fim
Justificam os meus meios
Tudo o que eu faço é atrasar
Toda tentativa minha de fugir...
Do fim da estrada.

As Crônicas da Vida e da Morte

Você vem no frio
Você está coberto de sangue
Todos eles estão tão feliz por você ter chegado
O médico corta o seu cordão umbilical
E te entrega para a sua mãe
ela te deixa livre para esta vida

E para onde você vai?
Sem destino, sem mapas para te guiar
Você não saberia, mas isso não importa, todos nós terminamos do mesmo jeito

Estas são as crônicas da vida e da morte e tudo o que está entre elas
Estas são as histórias das nossas vidas, tão ficcionais quanto possam parecer
Você vem para este mundo, e vai embora do mesmo jeito
Hoje poderia ser o melhor dia da sua vida

E o dinheiro comanda, neste mundo
Isto é o que os idiotas vão dizer
Mas você descobre que este mundo é apenas um desfile de idiotas
Antes de você ir, você tem algumas perguntas que não foram respondidas
Mas agora você está velho, com frio e coberto de sangue
Exatamente de volta onde a história começou

Estas são as crônicas da vida e da morte e tudo o que está entre elas
Estas são as histórias das nossas vidas, tão ficcionais quanto possam parecer
Você vem para este mundo, e vai embora do mesmo jeito
Hoje poderia ser o pior dia da sua vida

Hoje pode ser o melhor dia,
Hoje pode ser o pior dia,
Hoje pode ser o último dia de sua vida
É sua vida, sua vida


Essa é a letra da música The Chronicles of Life and Death, do Good Charlotte. Creio que ela dispensa comentários. É uma das letras mais sábias que já ouvi, acho que nos leva a refletir quem realmente somos, para que viemos. A ideia mais forte para mim, nesses versos, é a de que nós começamos e terminamos exatamnte do mesmo jeito, o que você faz no meio, é um esforço inutil pra não chegar a lugar nenhum ...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Meu ideal seria escrever ...

... Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".

E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
- Ruben Braga

Crei que não haja melhor maneira de começar um blog como essa
Nessa crônica, Ruben Braga exprime como as palavras podem ser usadas para fazer a diferença. Seu pode é enorme. Basta saber usá-lo.
Uma palavra pode ser um tiro, ou um botão de rosa.

O que eu quero que minhas palavras sejam?
Simples amigo, uma FACA DE DOIS GUMES, uma MOEDA DE DOIS LADOS .

Post de apresentação - clááássico

Sim, eu tinha o nuvens esparsas
E claro, gostava mais dakele título ...

Mas numa viagem ao acaso pelo google, descobri outro blog com o mesmo nome - mto xatinho por sinal

Na vdd, akele tinha uns 3 posts, tds do mesmo dia inclusive ahauhauh

Quis fazer um blog ecologicamente correto, mas parece q ngm leva isso mto a sério. Desvestindo o meu lado verde-natureza, a proposta do blog anterior continua a mesma: divagar sobre mim mesma, mas da forma mais impessoal possível, se afastar de mim, não me aproximar de ninguém, e chegar a um lugar perto do nada.

A inspiração veio de uma música - chamada Somewhere Around Nothing (hehe)- de uma banda finlandesa chamada Apocalyptica - que faz rock com 3 violoncelos, por sinal

Numa busca preventiva pelo Google, o mais próximo desse nome q axei foi laemalgumlugar.blogspot . Bem, na verdade queria chamar esse blog de Mundos Colidem - apocalyptica de novo- mas parece q alguem teve essa ideia antes de mim.

E AÍ, VAMOS COMIGO PRA LUGAR NENHUM?